Fotojornalismo segundo João Pedro Sousa


"O fotojornalismo pode ser definido, segundo João Pedro Sousa, de duas maneiras: no sentido lato sensu ou amplo, que abrange desde o fotodocumentarismo, entendido como as reportagens mais elaboradas e planejadas, fotos de ilustrações até as feature photos –fotografias únicas, de situações inusitadas encontradas pelos fotógrafos em suas movimentações diárias. E no sentido stricto sensu ou restrito, entende-se como o fotojornalismo da ação direta sobre a notícia, -spot news- com objetivo de informar, contextualizar e opinar sobre um acontecimento ou fato. Partindo dessa definição, a “fotografia de notícias” é compreendida   no sentido restrito, relacionado ao instante do acontecimento, referindo-se à atualidade; e no sentido contrário, do fotodocumentarismo, a fotografia estará vinculada à atemporalidade"

Fotojornalismo nos anos 60


"Nos anos 1960, em Porto Alegre, o fotojornalismo gaúcho sofre grandes transformações. Para entendê-las, é necessário reconstituir, numa visão geral, parte da trajetória do fotojornalismo no mundo ocidental. De acordo com Sousa, a história do fotojornalismo compreende três momentos determinantes para a evolução da atividade, denominados por ele de “revoluções”. A primeira revolução começa por volta de 1904 até fim dos anos 1950; a segunda revolução abrange os anos finais da década de 1960 aos anos 1980; e a terceira revolução começa em 1989, atingindo os dias atuais."

Dicas para quem gosta de um pouco de história da fotografia

Na edição nº 52, de janeiro de 2010, da Revista de História da Biblioteca Nacional, dois artigos me chamaram a atenção. Indico a vocês como leitura de completamentação sobre a história da fotografia.

O primeiro se trata da expedição que trouxe o daguerreótipo ao Brasil há mais de 170 anos. Texto: Maria Inez Turazzi
No link: Foco na Viagem


E o segundo texto fala um pouco sobre a nova era da fotografia: a digital. Internet, fotografia e câmeras digitais. Sobre como essas três coisas perderam o caráter perene que tinha quando foi criada. Texto: Lorenzo Aldé
No link: Na era do instantêneo


TVCOM Tudo Mais - Fotojornalismo e Legalidade


Confira a conversa com Claudio Fachel sobre o livro Fotojornalismo e legalidade 1961 - Última Hora Rio-Grandense. Entrevista para o programa TVCOm Tudo Mais do dia 24 de julho de 2012.


Legalidade 1961 e movimento ambiental



Claudio Fachel, fotógrafo, historiador e associado do Instituto Curicaca está lançando seu livro “Fotojornalismo e legalidade 1961” (veja convite aqui). Esse trabalho foi tema de seu mestrado em história, que buscou analisar o olhar de diferentes fotógrafos que percorreram os atos e pessoas de um dos maiores eventos históricos de Rio Grande do Sul e do Brasil.
Entre 2006 e 2007 Cláudio foi coordenador geral do Curicaca e suas fotografias tem ajudado a qualificar o trabalho de sensibilização ambiental e conscientiação ecológica que a ong vem desenvolvendo ao longo de sua existência. Suas fotos registraram nossos trabalhos em Cambará do Sul, em Itapeva, na Lagoa do Peixe e ajudaram a reforçar a beleza e aflição que a natureza nos transmite em seus momentos mais lindos e mais preocupantes.
O Corredor Ecológico pediu ao fotojornalista que nos dissesse, em poucas palavras, se existe algo comum entre o movimento pela legalidade e o movimento ambientalista. Eis a resposta:

Claúdio Fachel
“Acho que existe um ponto em comum entre os dois assuntos que pode ser resumido em uma palavra de ordem: Resistência. A legalidade não foi outra coisa senão a luta pela sobrevivência da democracia frente a um regime de opressão que se tentava implantar, não só no Brasil como em toda a America Latina. Um regime militar que tinha por trás o capitalismo selvagem norte-americano e que resume bem a idéia da utilização de todos os meios para a obtenção do lucro. Este sistema perverso, que em última análise explora a natureza e o homem pelo homem, tinha que ser combatido naquele momento nem que fossem pelas armas.
Atualmente, a Resistência tem que ser pela defesa do meio ambiente, para que o homem possa conviver mais em harmonia com o planeta, de uma maneira sustentável  e onde o desenvolvimento dos países passe, antes de tudo, pela preservação da natureza. "Resistir e vencer"; é a minha palavra de ordem para todo o movimento ambientalista. Essas poucas palavras, que não chegam a ser uma resposta à pergunta, são mais uma proposta a continuarmos a reflexão."


http://ong.portoweb.com.br/curicaca/default.php?reg=58&amp

50 anos de legalidade



50 anos de legalidade - História e Fotojornalismo por Claudio Fachel

Lançamento "Fotojornalismo e Legalidade"

Fotojornalismo e Legalidade (1961): Última Hora Rio-Grandense

O livro Fotojornalismo e Legalidade (1961): Última Hora, de Claudio Fachel, trata da fotografia na cobertura da Campanha da Legalidade, com destaque para a evolução do fotojornalismo no mundo ocidental e no Brasil, enfocando a utilização da fotografia nas revistas de variedades - na Alemanha, Estados Unidos e nos demais países -, incluindo a imprensa diária brasileira.
Para avaliar a participação dos fotógrafos na Campanha da Legalidade, Claudio Fachel reconstitui, em linhas gerais, o momento histórico brasileiro da década de 1950 até a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, enfocando a circunstância criada em torno da posse do vice-presidente João Goulart. O autor situa também a ação dos fotógrafos rio-grandenses no registro da Legalidade, especialmente os profissionais que atuam no jornal Última Hora e na Assessoria de Imprensa do Palácio Piratini.
Os fatos ocorridos entre os dias 25 de agosto e 13 de setembro de 1961, são apresentados no livro por intermédio das capas, fotografias, manchetes e das páginas principais da Última Hora. Ao adotar uma metodologia apropriada para analisar as imagens desses acontecimentos, Claudio Fachel seleciona diversas séries fotográficas e conclui sobre a relevância do fotojornalismo no registro da história brasileira. Fachel constata que através do estudo das séries fotográficas é possível compor imagens históricas e avaliar as conexões entre os diversos atores políticos envolvidos na Campanha da Legalidade, incluindo os fotógrafos e os veículos de comunicação, especialmente da Última Hora. Com o presente estudo, o autor pretende também abrir um campo de pesquisa e de valorização dos profissionais da fotografia através do resgate histórico da sua atuação.


FACHEL, Claudio. Fotojornalismo e Legalidade (1961): Última Hora Rio-Grandense. Porto Alegre: Medianiz, 2011.
Preço: R$ 36,00 (Palavraria, Livraria Cultura e Livraria Saraiva)
www.medianiz.com.br
contato@medianiz.com.br